sexta-feira, 9 de abril de 2010

.COISAS DE PRIMEIRO MUNDO I...

Assisti hoje a uma matéria incrível no Bom Dia Brasil e faço questão de repassá-las a vocês. Trata-se do que os Japoneses são capazes de fazer com seu lixo. É de deixar extasiados os mais imponentes estudiosos de nosso País. Sei que me esforço: separo o meu lixo, não jogo lixo nas ruas, me preocupo com o meio ambiente, dôo tudo o que ainda pode ser útil a outras pessoas, enfim, tento fazer o meu melhor dentro do que busco de informação e sinto muito orgulho de estar fazendo a minha parte, porém, ao ver atitudes como as deles, vejo que ainda falta MUITA (muita MESMO) conscientização e educação a ser plantada em um País como o Brasil e que não chego (nem de longe) aos pés dos Japoneses (bem...pelo menos não ainda!).

Me deparo diariamente com pessoas que não se preocupam com a questão do lixo e ainda ficam chateadas quando perguntamos sobre a separação do mesmo ou quando chamamos atenção a respeito de jogarem lixo nas ruas (!!!!!!!!!!!). Acho absolutamente INADMISSÍVEL que ainda existam pessoas achando normal não separar o lixo e pior, que ainda haja criaturas na face da terra que joguem - com a maior cara de pau do mundo - seus lixos nas ruas (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!).

É intrigante pensar que conheço Pós Graduados que não se preocupam com as questões ecológicas e, no entanto, existem analfabetos preocupados em fazer inventos que amenizem as agressões ao meio ambiente, como por exemplo, o senhor Brasileiro que faz muros extremamente resistentes misturando cimento com borracha retirada dos lixos, ou ainda o outro Brasileiro que fez as paredes de sua casa com cimento e garrafas pet, por fim, ambos os projetos foram extremamente elogiados por inúmeros engenheiros do Brasil e do Mundo (pena não terem transformado seus elogios em implementações).

Costumo dizer que IGNORANTE É AQUELE QUE IGNORA A INFORMAÇÃO... Genuinamente vale a pena ler (e assistir) esta matéria.


Ótimo final de semana para todos, bjs.
Aline de Castro.

.COISAS DE PRIMEIRO MUNDO II...

Moradores de bairro japonês reaproveitam quase 100% do lixo
O que faz os japoneses serem tão cuidadosos é a educação: eles começaram a separar o lixo há 500 anos.

O trem parece saído de um filme de ficção. Sem maquinista, totalmente automático, passa pelo meio dos prédios a 20 metros de altura. O destino é o bairro mais moderno de Tóquio. Fica em uma ilha artificial, aterrada e construída – em grande parte – com lixo.

Ali, os japoneses ergueram hotéis, shopping centers, sedes de grandes empresas. Tem até roda gigante e uma réplica da Estátua da Liberdade. Não e só a aparência, Odaiba é como os japoneses esperam, que seja o futuro: eficiente e limpo. O bairro é um exemplo de convivência com o lixo: praticamente 100% são reaproveitados.

O brasileiro Akira morou aqui por dois anos. Agora está de mudança e, como acontece nessas situações, está produzindo muito lixo. Ele nos leva até a lixeira do prédio para mostrar que, para viver em uma sociedade limpa, é preciso obedecer a muitas regras. Para reciclar, Akira só tinha plásticos, por isso foi tudo em uma lixeira só. Mas geralmente, dá mais trabalho: é preciso separar o lixo em mais de 10 categorias.

“No começa não é natural separar tanto lixo. No Brasil estamos acostumados a uma lixeira só. Depois, isso começa a ficar natural”, diz o brasileiro.

Parte do lixo que não pode ser reciclada: restos de comida, papéis sujos. Isso é levado em um saco para outra sala.

O lixo segue automaticamente para uma usina. Tubos trazem o lixo para a usina. São cinco tubos, vindos das cinco regiões do bairro. São como gigantescos aspiradores de pó, sugando o lixo diretamente para a usina.

Lá dentro, toneladas de lixo são despejadas a cada minuto. Uma gigantesca garra mecânica, controlada por um comando parecido com o de videogame, recolhe tudo e joga na fornalha. O calor gera eletricidade. Tudo funciona automaticamente. Os engenheiros ficam só de olho para o caso de alguma pane. Nenhum grão de sujeira é desperdiçado.

As cinzas que sobram dessa queima são reaproveitadas, por exemplo, para pavimentar as ruas.

O engenheiro explica que, provavelmente, o ar expelido pela usina é mais limpo do que o que se respira em Tóquio. A energia produzida a partir do lixo abastece até 10 mil residências. E um dos clientes é um ginásio de esportes que, para combinar com o estilo do bairro, se parece com uma nave espacial.

As piscinas do centro esportivo são usadas pelos moradores do bairro, que pagam uma taxa baixa – R$ 6 – para nadar por duas horas aqui. A água é mantida sempre a 30º. Graças à energia vinda da usina de lixo, ninguém precisa passar frio.

Os moradores aproveitam os benefícios de viver em um bairro que é um dos mais limpos do mundo. O resto do Japão não chega a ser assim, mas também não é muito diferente.

As regras de separação de lixo variam de bairro para bairro. Alguns multam os que não obedecem. Mas o que faz os japoneses tão cuidadosos é a educação: eles começaram a separar o lixo há 500 anos, é uma tradição aprendida na escola e com a família.

No Japão, não há lixeiras nas calçadas. Se a gente quiser se livrar de uma garrafa de refrigerante, por exemplo, precisa ir até uma loja de conveniência, onde há um ponto de coleta para reciclagem. O lixo é dividido em quatro categorias. Aí tem que fazer assim: primeiro joga o resto do refrigerante no ralo. A garrafa tem que estar vazia. Depois, arranca o rótulo, que vai para a lata dos plásticos. Finalmente, pode jogar a garrafa fora, no lugar apropriado.

Dá trabalho? Claro que dá. O prêmio é viver em cidades que raramente alagam em dias de chuva e com ruas que parecem sempre ter acabado de passar por uma boa faxina.

Fonte: Bom Dia Brasil
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,16020-p-09042010,00.html